“Sobre mim pões a Tua mão ...” (Salmo 139:5)
Com razão Lutero disse que esse salmo é uma mina de ouro. Cada versículo é uma pepita preciosa. Uma delas é: : “Sobre mim pões a Tua mão!”
Logo depois de chegar em São Paulo, alguém queria levar a bolsa da minha esposa. A primeira reação dela era colocar a mão por cima dela: “É minha!” A primeira coisa que Deus nos quer dizer é: “Você é Meu!” (v13). Que bênção! No meio da tempestade, Paulo testemunhou à tripulação de não ter medo: Sou do Senhor! (At 27.23).
No mesmo Salmo, Deus nos lembra que Ele nos guia pelas estradas da vida (Sl 139.10). Sem dúvida, a estrada eterna é a mais importante (v24), mas a promessa é que Ele guiará também nas encruzilhadas (Sl 25.12). O problema pode ser que sabemos qual a vontade de Deus, mas não queremos entrar naquele caminho. Por isso, antes de pedir por uma estrada fácil, preciso orar: “Ensina-me a fazer a Tua vontade” (Sl 143.10).
E nesse caminho de Deus, Ele nos guarda também, pois “a Tua destra me susterá” (Sl 139.10), como Ele sustentou José na prisão. Pior do que os mal tratos dos guardas, são os ataques do acusador-mor, porque seus comparsas nos levam ao tribunal. E lá, diante do Juiz supremo, satanás mesmo nos acusa de que fizemos de errado. Mas ali está meu advogado, Jesus, enviado para defender este indigente. É meu Fiador que me abraça e se coloca ao meu lado, bem perto (Hb 7.22)! Bem-aventurados todos que nEle se refugiam (Sl 2.12).
Um dia desenhei uma mão grande e debaixo dela um homenzinho. Perguntei a nossa primeira filha de uns 7 anos, o que achava. Ela disse: “Acho que é a mão de Deus”. Mas por que? “O homem é tão pequeno!” Que bênção: sobre nós pões a Tua mão! Não nos esmagando, mas nos protegendo debaixo da concha dela. E olhando para cima nessa concha protetora, algo chama minha atenção. Estou vendo um ponto vermelho. E de repente reconheço: é a mão cravada por mim (Ap 1.17)![1]
[1] ♫ Eu tenho um amigo que me ama...; ...me guia...; ...me guarda...; ...me salva...
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